Fonte: Valor Econômico - Por Altamiro Silva Júnior, de São Paulo - Data: 12/11/2009
A Porto Seguro e o Itaú Unibanco estão na reta final para criar a empresa que vai cuidar dos seguros de carros e de residências das duas instituições. A assembleia com os acionistas foi marcada para o dia 30 deste mês. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) já deu autorização preliminar para a nova empresa começar a funcionar.
A expectativa é de que logo após a aprovação da assembleia de acionistas a nova seguradora entre em operação. Os números serão consolidados no balanço do quarto trimestre. Ontem, a Porto Seguro divulgou o balanço do terceiro trimestre. O lucro líquido foi de R$ 73,3 milhões, queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2008. O retorno patrimonial caiu 1,4 ponto e terminou setembro em 14%.
Os prêmios da carteira de automóveis, a principal da Porto, subiram. A alta foi mais expressiva na Azul Seguros, que vende apólices a preços mais baixos, sem os tradicionais serviços que a Porto tem. Os prêmios da Azul subiram 30% no trimestre, frente a aumento de 13,6% do Porto Seguro Auto, o produto mais tradicional da seguradora.
José Tadeu Mota, diretor de relações com investidores da Porto, conta que o aumento dos prêmios, nos dois casos, ocorreu tanto pelo crescimento da frota segurada quanto pelo aumento do preço do seguro. A frota chegou a 2,3 milhões de carros, cerca de 200 mil a mais que em dezembro do ano passado. O reajuste de preço foi de 10%. Dos prêmios da seguradora, 67% vêm da carteira de automóveis. No trimestre, os prêmios totais somaram R$ 1,4 bilhão, aumento de 10%.
A sinistralidade subiu. Ficou em 56,4%, frente a 52,3% do mesmo período de 2008. Mota diz que a culpa pelo aumento vem de dois fatores. As chuvas acima da média, principalmente em São Paulo, e o aumento sazonal dos acidentes e colisões no terceiro trimestre, por causa das férias de julho.
O resultado financeiro da companhia caiu 2,2% no trimestre, para R$ 114,2 milhões. No ano, porém, subiu 13%. Marcelo Picanço, diretor financeiro da Porto, diz que a empresa continua conservadora em suas aplicações. Tem só 1% em renda variável. Mas aumentou as apostas em títulos públicos prefixados. A seguradora tem R$ 3,8 bilhões de ativos financeiros.
Os números não agradaram muito o mercado. Iago Whately, analista do banco Fator, diz que a impressão geral do balanço é "ruim". Entre os pontos negativos estão o forte aumento da sinistralidade de carros e o fraco desempenho dos seguros saúde e de pessoas. A perspectiva, porém, é de melhora para os próximos períodos, diz o analista. Seja pelo acordo com o Itaú, seja pelo aumento dos preços do seguro.
Sobre o acordo com o Itaú, o banco está separando a carteira de automóveis e residências da Itaú Seguros. Essas duas carteiras serão agrupadas na empresa Itaú Seguros de Auto e Residência (Isar), que será incorporada pela Porto. A seguradora de Jaime Garfinkel fará um aumento de capital de R$ 950 milhões, emitindo ações ordinárias (ON, com direito a voto) que serão transferidas para o Itaú.
12/11/09 -SEGURADORAS
União faz empresa apostar na precificação
Com a associação com o Itaú, além de novas possibilidades comerciais, a Porto Seguro espera conseguir uma melhor precificação de serviços.
"Iremos agregar um banco de dados que será muito importante para as operações. Em seguros, quanto mais informação estatística, melhor a precificação dos produtos e serviços", garante Tadeu Mota, diretor de Relações com o Investidor da Companhia.
Segundo o gerente da mesma área, Alexandre Peev, ainda não é possível determinar como será a orioginação de recursos da nova companhia, que se chamará Itaú Seguros de Auto e Residência. "Ainda não é possível determinar quanto virá da rede de agências, dos corretores nem o crescimento marginal da companhia. Tudo isso está sendo estudado com cuidado", diz.
Segundo ele, alguns passos da integração que trazem grande impacto, como políticas comerciais e de comissionamento, ainda não foram dados.
A união já foi autorizada pela Susep e aguarda reunião dos acionistas, em 30 de novembro, para iniciar as operações.
A Porto Seguro e o Itaú Unibanco estão na reta final para criar a empresa que vai cuidar dos seguros de carros e de residências das duas instituições. A assembleia com os acionistas foi marcada para o dia 30 deste mês. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) já deu autorização preliminar para a nova empresa começar a funcionar.
A expectativa é de que logo após a aprovação da assembleia de acionistas a nova seguradora entre em operação. Os números serão consolidados no balanço do quarto trimestre. Ontem, a Porto Seguro divulgou o balanço do terceiro trimestre. O lucro líquido foi de R$ 73,3 milhões, queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2008. O retorno patrimonial caiu 1,4 ponto e terminou setembro em 14%.
Os prêmios da carteira de automóveis, a principal da Porto, subiram. A alta foi mais expressiva na Azul Seguros, que vende apólices a preços mais baixos, sem os tradicionais serviços que a Porto tem. Os prêmios da Azul subiram 30% no trimestre, frente a aumento de 13,6% do Porto Seguro Auto, o produto mais tradicional da seguradora.
José Tadeu Mota, diretor de relações com investidores da Porto, conta que o aumento dos prêmios, nos dois casos, ocorreu tanto pelo crescimento da frota segurada quanto pelo aumento do preço do seguro. A frota chegou a 2,3 milhões de carros, cerca de 200 mil a mais que em dezembro do ano passado. O reajuste de preço foi de 10%. Dos prêmios da seguradora, 67% vêm da carteira de automóveis. No trimestre, os prêmios totais somaram R$ 1,4 bilhão, aumento de 10%.
A sinistralidade subiu. Ficou em 56,4%, frente a 52,3% do mesmo período de 2008. Mota diz que a culpa pelo aumento vem de dois fatores. As chuvas acima da média, principalmente em São Paulo, e o aumento sazonal dos acidentes e colisões no terceiro trimestre, por causa das férias de julho.
O resultado financeiro da companhia caiu 2,2% no trimestre, para R$ 114,2 milhões. No ano, porém, subiu 13%. Marcelo Picanço, diretor financeiro da Porto, diz que a empresa continua conservadora em suas aplicações. Tem só 1% em renda variável. Mas aumentou as apostas em títulos públicos prefixados. A seguradora tem R$ 3,8 bilhões de ativos financeiros.
Os números não agradaram muito o mercado. Iago Whately, analista do banco Fator, diz que a impressão geral do balanço é "ruim". Entre os pontos negativos estão o forte aumento da sinistralidade de carros e o fraco desempenho dos seguros saúde e de pessoas. A perspectiva, porém, é de melhora para os próximos períodos, diz o analista. Seja pelo acordo com o Itaú, seja pelo aumento dos preços do seguro.
Sobre o acordo com o Itaú, o banco está separando a carteira de automóveis e residências da Itaú Seguros. Essas duas carteiras serão agrupadas na empresa Itaú Seguros de Auto e Residência (Isar), que será incorporada pela Porto. A seguradora de Jaime Garfinkel fará um aumento de capital de R$ 950 milhões, emitindo ações ordinárias (ON, com direito a voto) que serão transferidas para o Itaú.
12/11/09 -SEGURADORAS
União faz empresa apostar na precificação
Com a associação com o Itaú, além de novas possibilidades comerciais, a Porto Seguro espera conseguir uma melhor precificação de serviços.
"Iremos agregar um banco de dados que será muito importante para as operações. Em seguros, quanto mais informação estatística, melhor a precificação dos produtos e serviços", garante Tadeu Mota, diretor de Relações com o Investidor da Companhia.
Segundo o gerente da mesma área, Alexandre Peev, ainda não é possível determinar como será a orioginação de recursos da nova companhia, que se chamará Itaú Seguros de Auto e Residência. "Ainda não é possível determinar quanto virá da rede de agências, dos corretores nem o crescimento marginal da companhia. Tudo isso está sendo estudado com cuidado", diz.
Segundo ele, alguns passos da integração que trazem grande impacto, como políticas comerciais e de comissionamento, ainda não foram dados.
A união já foi autorizada pela Susep e aguarda reunião dos acionistas, em 30 de novembro, para iniciar as operações.
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