4 de setembro de 2006

Seguro residencial, jamais tão acessível

Fonte: Gazeta Mercantil

É possível garantir a cobertura por valores que não ultrapassam os R$ 300 por ano. O seguro de casa custa menos que um cafezinho por dia. Com esse aforismo, de grande impacto, as seguradoras querem convencer os consumidores de que é o produto é muito acessível e pode trazer um grande conforto em caso de acidente. "Essa frase tem causado efeito e o resultado é o crescimento das vendas em 15% em 2005", diz Marco Antonio Gonçalves, diretor da Bradesco Auto Re.

Um seguro para uma casa, com cobertura de R$ 150 mil para incêndio e vendaval, de R$ 5 mil para roubo e furto, responsabilidade civil e danos elétricos, além dos serviços de assistência 24 horas, na cidade de São Paulo - região líder em roubo e furto de residências -, custa entre R$ 200 e R$ 300 por ano, nas seguradoras entrevistadas.

Para este ano, a previsão é de faturar 30% mais em razão das campanhas sobre o preço do seguro. "As pessoas fazem um paralelo do seguro de casa com o do carro e imaginam que para segurar a casa, que vale muito mais que o carro, terão de desembolsar uma fortuna. E não é nada disso", assegura Gonçalves. "O seguro de casa é tão barato que quando falamos o preço as pessoas acham que é um valor mensal. Quando corrigimos, frisando que o preço é anual, elas ficam surpresas e até mesmo desconfiadas do produto e do vendedor", diz.

E mesmo tendo um preço acessível, ainda é possível conseguir descontos. A maior parte das seguradoras oferece desconto para segurados que tenham sistema de segurança. A Mapfre, por exemplo, dá desconto para quem investe em proteção. No contrato citado acima, o custo sai por R$ 299 por ano. Mas se o segurado tem cachorro e alarme, o preço cai para R$ 249.

Em razão da simplificação, é preciso ficar muito atento ao contratar um seguro de casa. Ele pode conter coberturas desnecessárias e o que realmente interessa ter ficado de fora. Fernando Conforto, diretor da Liberty, lembra que o segurado deve priorizar, em termos de cobertura, os eventos em que a residência está mais exposta, como vendaval, se for uma região onde o evento tem ocorrido com freqüência, como no Sul e no interior de São Paulo; impacto de veículos, se mora na rota de aeronaves ou de grande circulação de veículos, ou roubo, se mora em casa.

Já quem mora em apartamento deve priorizar a responsabilidade civil. "Um vazamento no vizinho de baixo poderá ser pago pelo seguro, se a cobertura for solicitada. Em caso de roubo, o segurado deve levar em questão que tipos de itens têm em casa que são de fácil remoção", diz Conforto.

Serviços mais usados

Como é raro uma casa pegar fogo ou ser destruída por queda de aeronave, duas das coberturas básicas dos contratos, as seguradoras aprimoraram os serviços agregados para trazer aos clientes aquela sensação de que o produto é de primeira necessidade.

Ainda há muitas falhas na comunicação entre quem vende o seguro e quem compra. Principalmente se a aquisição é por meio dos pacotes de seguros feitos por bancos ou cartões de crédito, que priorizam a simplicidade para facilitar a venda. Um dos pontos mais afetados é a parte de serviços, que acabam não sendo detalhados.

Entre os serviços mais usados estão os básicos incluídos na cobertura de assistência 24 horas, casos de chaveiro, hidráulica, elétrica. Claudio Saba, diretor executivo da Marítima Seguros, conta que muitos dos clientes esquecem os serviços previstos nas apólices e acabam pagando quando precisam de chaveiros, encanadores e eletricistas. "Em emergência, esses serviços fazem parte da cobertura do seguro", alerta o executivo.

Adilson Pereira, diretor da Porto Seguro, informa que a cobertura de danos elétricos é atualmente a mais requisitada. "Geralmente depois de uma forte chuva, nossa central recebe uma avalanche de ligações de segurados informando a queima de aparelhos em razão de sobrecarga ou variação de tensão na rede elétrica, geralmente causada por raios. Os bens mais prejudicados são o computador e aparelhos com painel eletrônico, como a máquina de lavar.

O serviço menos usado é o de concierge. "A Chubb oferece gratuitamente esse serviço", afirma Mara Aranha, gerente residencial Personal Lines da Chubb Seguros. Trata-se de um profissional que ajuda o segurado em situações não-previstas, como chuva em uma festa. "O concierge contata uma empresa de toldos", ela explica. Ele também pode ser solicitado para envio de flores para quem está em outro estado, entre outras gentilezas.

Marcelo Rosal, gerente do produto residencial da Unibanco-AIG, lembra da cobertura de quebra de vidros. Geralmente é o tipo de cobertura que precisa ser contratada à parte e traz um conforto e tanto para o segurado. "Essa cobertura tem sido muito solicitada e muitas vezes o segurado pensa que está incluída no pacote, mas ela é tratada como adicional", explica o executivo. Nesse serviço há uma franquia.

Já a Itaú Seguros oferece ao segurado, sem custo adicional, um total de 13 serviços , o que corresponde a mais de 20 atendimentos que, somados, equivalem a R$ 1,5 mil.

Seguro não é commodity

Na tentativa de mostrar para o consumidor que o seguro residencial não é uma commodity, a Porto criou dois serviços diferenciados, ainda não ofertados por suas concorrentes. O Pet, que dá direito a consulta veterinária, e o Helpdesk, um especialista em panes de computadores. "Há uma primeira tentativa de solucionar o problema por telefone. Se não é possível, a atendente agenda um horário para que um técnico vá verificar o computador. Caso o problema não seja o software e sim o hardware, o segurado fica com um diagnóstico e preços médios das peças. Nossa equipe volta para fazer a instalação", explica.

A Unibanco-AIG e a Chubb destacam um serviço chamado check-up. Na prática, uma revisão de alguns pontos preventivos, como hidráulica, elétrica, limpeza de caixa d?água e até mesmo lubrificação de fechaduras, troca de lâmpada, fixação de quadros e troca de vidro quebrado. A Marítima criou o pagamento express, onde o cliente com perdas de bens ganha um vale para comprar um outro aparelho.

A Mafpre destacou o serviço de baby-sitter. Uma babá é enviada para tomar conta das crianças caso a esposa do segurado esteja impossibilitada por ter sofrido um acidente pessoal. "Temos também o serviço de recolocação profissional. Caso o segurado fique desempregado, ele poderá usar colocar seu curriculum na Catho, especializada nesse tipo de serviço, por três meses", diz Bailone.

kicker: Apesar de seu maior alcance, o serviço hoje pode agregar baby sitter, veterinário, assessoria de informática e até recolocação profissional.


>>> Consulte e contrate seu seguro residencial on-line no site da Luma Seguros Clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário