Prática, saudável para o usuário e não poluente. Essas são algumas das vantagens da bicicleta, bike ou “magrela”, como muitos preferem denominá-la. Seja como um esporte ou apenas lazer, ela está presente na vida de muitos brasileiros adeptos da pedalada. Mesmo os que possuem automóveis não abrem mão de carregá-la.
A escolha do suporte para transportar a bicicleta no carro deve levar em consideração o uso e a praticidade. Além disso, precisa ser feita de forma segura para evitar acidentes e multas no trânsito. Renato Pereira, 28 anos, ciclista especializado na categoria cross country, dá uma dica importante: “O essencial é comprar um suporte em locais especializados neste seguimento. Estas empresas mais conceituadas fazem testes de vibração, velocidade e impacto nas estradas. Há marcas que oferecem preços razoáveis e bem acessíveis, mas não garantem muita segurança para o usuário”, diz.
De acordo com Pereira, outro detalhe fundamental é em relação à fixação do suporte. “Todos os modelos vêm com informações que devem ser seguidas. O que está no manual de instruções deve ser realizado. Não é exagero. Às vezes, não usar uma fita ou presilha por achar que não é necessário pode provocar algum acidente. É importante ler com atenção e cumprir as regras”, alerta ele, que pedala há 14 anos e leva a “magrela” para diversos campeonatos.
Tipos de suporteOs equipamentos são divididos em dois tipos: os de teto e os traseiros. Estes são colocados de forma perpendicular e há a necessidade de um rack, que se não vier original de fábrica, pode ser instalado na concessionária ou em lojas especializadas. Entretanto, se for sugerido que a lataria do carro seja furada para prender o acessório, fique atento. A prática não é recomendada pelas montadoras.
Os suportes traseiros podem ser de colocados na caçamba das caminhonetes, na tampa traseira, acoplado ao engate, dentro do porta-malas e fixado no estepe. Por isso, é bom avaliar o tipo mais adequado para o veículo, como também a quantidade de bicicletas que irá transportar – geralmente quatro é o máximo.
Elpidio Dutra, 48 anos, revendedor de uma marca sueca, explica que os preços variam bastante. Os valores vão de R$ 253 até R$ 2.415. “Aconselho o suporte de teto, pois oferece segurança para a bicicleta. Mas antes, pergunto ao cliente se ele mora em prédio ou em casa onde a altura da garagem é baixa, pois neste caso é ideal que se compre o tipo traseiro. Isso evita a retirada da bike antes guardar o carro ou acidente, como arrancar o teto do carro”, conta.
O que diz a leiÉ a Resolução nº. 549/79 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que regulamenta o transporte de bicicletas na parte posterior externa e sobre o teto dos veículos de transporte de passageiros e misto. Ela determina que a bicicleta seja fixada à estrutura do veículo por dispositivo apropriado, de forma a não atentar contra a segurança do veículo e do trânsito. Além disso, não deve exceder à largura do veículo, nem impedir a visibilidade do condutor através do seu vidro traseiro, nem obstruir as luzes do veículo. O advogado Marcelo Araújo, professor de Direito do Trânsito do Centro Universitário de Curitiba/PR, diz que apesar da Resolução nº. 197 levar em conta o engate apenas para o reboque de carretinhas, é permitido o uso deste para acoplamento do suporte de bicicleta, pois é um equipamento apropriado. Araújo chama atenção para o cumprimento de outras leis como a velocidade máxima permitida para veículos com carga e as condições de legibilidade e visibilidade da placa de identificação, que podem ser encontradas no Código de Trânsito Brasileiro.
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