Fonte: Valor Econômico Altamiro Silva Júnior, de SP
A Cardif, seguradora do grupo francês BNP Paribas, resolveu entrar em novos segmentos em 2008 e conseguiu aumentar seu faturamento em 46%, três vezes acima do crescimento do mercado brasileiro de seguros, que ficou em 15%. A empresa fechou 2008 com prêmios de R$ 372 milhões e lucro líquido de R$ 11,6 milhões.A seguradora começou a operar recentemente com seguros para automóveis e também entrou em segmentos como vida, acidentes pessoais e apólices para residências. Até então, a Cardif era focada em garantia estendida (apólice que oferece garantia adicional à oferecida pelo fabricantes e eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos) e proteção financeira (protege contra inadimplência em empréstimos).Nos automóveis, a Cardif começou a atuar de forma discreta, para conhecer o setor. Iniciou as vendas em outubro de 2008 e comercializou mil apólices, que cobrem só roubo do veículo e têm preço 50% menor que os seguros tradicionais. Após os testes iniciais e um maior conhecimento desse mercado, o seguro para autos é a aposta da seguradora para 2009, diz seu presidente Alexandre Boccia. O produto foi criado para atrair os motoristas que não têm seguro de carro por causa do custo alto.O carro-chefe em vendas da Cardif foi o garantia estendida, com expansão de 100%. Nada menos que 3 milhões de contratos foram fechados. Desse total, dois milhões só na seguradora que a Cardif criou com a rede de varejo Magazine Luiza para o segmento, a Luizaseg, que registrou lucro de R$ 8,5 milhões e prêmios de R$ 97 milhões.A Cardif também criou uma seguradora própria, a Cardif Garantia, para cuidar do garantia estendida, que vendeu 1 milhão de contratos em 2008 por meio de parcerias com outras redes de varejo. A nova seguradora, que começou a funcionar em meados de 2007, movimentou R$ 36 milhões em prêmios, mas deu prejuízo de R$ 8 milhões. A meta é chegar ao equilíbrio esse ano e dar lucro em 2010.A terceira seguradora do grupo no Brasil é a Cardif Vida, que teve prêmios de R$ 239 milhões e lucro líquido de R$ 11,3 milhões. "Resolvemos diversificar para não ficarmos dependentes de apenas dois produtos, que têm mercado muito concorrido", diz Boccia. A Cardif opera por meio de parcerias com bancos, varejo e financeiras. Segundo ele, já são 30 acordos fechados até agora.Para 2009, a Cardif mantem a projeção de crescer 30%. Boccia diz que as vendas, nesse início de ano, "não estão espetaculares", mas "vão bem e com tendência de melhora". Boa parte dos produtos da Cardif depende do desempenho do varejo e do crédito. Por isso, diz o executivo, a estratégia de diversificar e entrar na área de vida e autos, além de buscar novos parceiros e novos canais de venda, como o telemarketing. Neste último, vendeu 100 mil apólices em 2008.
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