5 de maio de 2009

Por que e como usar os equipamentos de segurança do carro?

Fonte ou Autoria é : Betânia Lins - Data: 05/05/2009


(*) Dr. Fabio Ravaglia O Ministério da Saúde tem um dado alarmante sobre a violência do trânsito no Brasil. Em 2005, 35 mil pessoas morreram vítimas de acidentes nas ruas e estradas brasileiras. Muitos problemas ortopédicos têm origem em atropelamentos e colisões de veículos.
Recentemente, o País deu importantes passos no que se refere à segurança automotiva. O airbag tornou-se obrigatório para os novos modelos de carros. O uso da cadeirinha para crianças será obrigatório a partir de 2010. O airbag associado ao cinto de segurança, que é item obrigatório desde 1989, surgiu para aumentar a tranquilidade das pessoas dentro do carro. Está comprovado que ambos oferecem proteção a motoristas e passageiros. Para evitar ferimentos, é importante observar sempre a melhor maneira de usufruir dos equipamentos de segurança. CriançasAs crianças devem sempre viajar no banco de trás e, de preferência, no meio do banco, que é a região do carro menos afetada em caso de acidente. A partir de 2010, os dispositivos de retenção para crianças, as populares cadeirinhas, serão obrigatórios até a idade de sete anos e meio. Para os menores de um ano, o assento infantil, do tipo bebê conforto, deve ser colocado de costas, invertido em relação ao motorista, e o corpo preso ao cinto de segurança de cinco pontos. O bebê ainda não tem firmeza para manter o corpo ereto e é preciso proteger coluna e pescoço, que estão em desenvolvimento. Antes dos oito anos, a criança deve viajar em acento elevatório adequado a seu peso, altura e idade. Além de apropriado ao tamanho e idade da criança, o equipamento precisa estar preso firmemente ao banco do carro. A criança precisa ficar presa ao cinto de segurança. A folga entre o cinto e o corpo da criança não pode ultrapassar a largura de um dedo, sem apertar e sem permitir que ela se solte. Cuide para que o cinto não fique próximo demais do pescoço, o que pode provocar o sufocamento. Dos sete anos e meio até os dez, as crianças continuam viajando no banco de trás, sempre com cinto de segurança. Mesmo crianças maiores de dez anos que não atingiram a altura de 1,45 metro não devem passar para a frente. Outro detalhe: além da altura, a criança sentada no banco da frente precisa conseguir colocar os dois pés no chão do carro. O ritmo de crescimento é diferente para cada criança, por isso, digo que o melhor é esperar que complete 14 anos para viajar no banco da frente. Muitas vezes, aos dez a criança não tem peso nem altura adequados para se acomodar com segurança na frente.Este mês, escolher a cadeirinha ficou mais fácil. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) elaborou um selo para as cadeirinhas, que especifica as condições de segurança de cada modelo. O Inmetro testou equipamentos e verificou a eficácia em caso de acidente. Leia o manual de instruções, veja qual é o peso que o equipamento comporta e verifique se está de acordo com a criança que vai utilizá-lo. É importante que o equipamento tenha capacidade para suportar o peso do ocupante do acento. O teste do Inmetro leva em consideração que, na hora que o freio é acionado, o peso dos passageiros multiplica-se em cinco ou seis vezes, dependendo da velocidade do carro. A criança solta no banco é vítima fácil de qualquer frenagem, podendo sofrer politraumatismo e, o que costuma ser fatal, ser projetada para fora do carro. Mas não esqueça que, quando transportar crianças em carro com airbag nos bancos traseiros, é preciso desativar o mecanismo. As bolsas são projetadas para adultos.AirbagsEstá comprovado que o airbag é um equipamento que salva vidas. Na Europa e nos Estados Unidos, o airbag é obrigatório há mais de uma década. A frota nos Estados Unidos está 100% equipada com o airbag e a européia chega a 95%. No exterior, carros já são equipados com muitos airbags, além dos frontais obrigatórios aqui no Brasil. Nos Estados Unidos, uma pesquisa revelou que 14 mil pessoas foram salvas com o uso de airbag desde 1987. No exterior, já existe airbag para proteger até o pedestre. Instalam bolsas infláveis por dentro e por fora do carro.O airbag evita as maiores lesões. Em um acidente, o airbag é responsável por proteger as pessoas de baterem seus corpos contra os vidros, partes metálicas e plásticas do carro. Em acidentes de carros, é comum ocorrer o esmagamento das pernas, o que pode ocasionar a perda de mobilidade, quando o traumatismo é grave. O airbag evita boa parte das fraturas ósseas que poderiam ocorrer em um acidente. Estou certo de que as novas tecnologias estão a serviço do homem. Um estudo recente feito pelo Cesvi do Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária concluiu que aproximadamente 490 pessoas não morreriam e mais de 10 mil evitariam ferimentos com o uso do airbag. O impacto econômico seria positivo em cerca de R$ 315 milhões de reais por ano. Dinheiro que deixaria de ser gasto com socorro e reabilitação de vítimas de acidentes de trânsito. Cinto de segurançaO jeito mais seguro de viajar é com o cinto de segurança afivelado. É preciso sempre proteger a coluna e o pescoço. Por isso, o cinto de segurança de três pontos, por prender o tórax, resguarda melhor a coluna e, junto com o apoio de cabeça, ajuda a minimizar o efeito chicote (no qual o corpo é impulsionado para frente e para trás), responsável por lesões sérias no pescoço e no alto da coluna. Lesões na coluna podem causar a perda de movimento nos membros. Sem o cinto de segurança, a pessoa pode ser projetada para fora do carro ou bater a cabeça no vidro, o que causa traumatismo craniano e cortes na face, no peito e nos braços. Como recomendação final, mantenha boa postura ao sentar-se. Observe se a lombar está bem apoiada e se os pedais estão alinhados à posição do corpo. Em muitos modelos de veículos, os pedais forçam o posicionamento das pernas para a lateral, o que pode ser prejudicial à coluna. Não há muito como evitar, mas convém observar se há impacto sobre o organismo.Fabio RavagliaO dr. Ravaglia é médico ortopedista graduado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) com residência médica no Hospital do Servidor Público Estadual, especialização em coluna vertebral Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho (Santa Casa de Misericórdia de São Paulo) e mestre em cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Foi o primeiro brasileiro aceito pelo programa do Royal College of Surgeons of England, onde se especializou em ortopedia reumatológica (próteses e revisão de próteses articulares, artroscopia de várias articulações, tratamento de dor na coluna e traumatologia). Durante quatro anos atuou como cirurgião ortopédico em hospitais ligados à Universidade de Bristol, na Inglaterra, país reconhecido pelo pioneirismo no desenvolvimento de próteses e de técnicas de ortopedia reumatológica. Na Alemanha, dr. Ravaglia fez especialização nas mais avançadas técnicas para cirurgias de coluna minimamente invasivas, realizadas com um aparelho do tamanho de uma caneta e com anestesia local. A técnica é utilizada para cirurgias de hérnia de disco. Em 1994, o ortopedista voltou ao Brasil e passou a atuar com um avançado tratamento cirúrgico para problemas das articulações — a artroscopia, técnica cirúrgica que minimiza as desvantagens da cirurgia e reduz as dores provocadas pela artrose, artrite, traumatologia e hérnia de disco. O médico é pioneiro em cirurgias de mínima invasão na coluna vertebral e foi o primeiro a realizar o processo de descompressão percutânea da coluna vertebral. Presidente do Instituto Ortopedia & Saúde, organização não-governamental que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção, o dr. Ravaglia é também membro do corpo clínico externo dos hospitais Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Santa Catarina; diretor-presidente da Arthros Clínica Ortopédica e membro titular da Academia de Medicina de São Paulo (cadeira 118, patrono Ernesto de Souza Campos).



>>> Conheça o Auto Fácil Ituran (rastreador com seguro) acesse: http://www.autofacilituran.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário