Um bom motorista tem muitos benefícios, inclusive no bolso. Três anos sem sinistro reduzem quase pela metade o valor do seguro. Mas quem tem o azar de ter o carro roubado passa a ser considerado um cliente com maior potencial de dar prejuízo à seguradora, e isso afeta o preço. Todas as instituições ficam sabendo porque qualquer movimentação de seguro entra no sistema do Registro Nacional de Sinistro (RNS).
Alexandre Celva, do Despachante Gilberto, recomenda dar preferência para estacionamento pago e não se descuidar sequer por um minuto.
— Um cliente de Joinville me relatou indignado que estava lavando o carro em frente de casa quando o ladrão passou e perguntou: “Já terminou?”. Ele respondeu: “Não”. E o ladrão completou: “Ah, mas vou levar assim mesmo” — recorda-se.
Os fatores que mais encarecem os seguros, de acordo com o Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização de Santa Catarina, são as colisões. As seguradoras avaliam a frequência de acidentes, custo das peças e de mão de obra. Em segundo lugar, vêm roubo e furto.
O carro também influencia na composição do preço. É de se esperar que o modelo Gol, o mais roubado no Brasil em 2012, com 32 mil ocorrências, e o Uno, com 16 mil, sejam os vilões. Porém, o Gol possui a maior frota nacional. O percentual de ocorrências em relação ao total de veículos torna-se menor do que de outros carros, com frota mais reduzida. As seguradoras também observam outras características na análise.
O local do roubo é outro ponto observado pelas seguradoras. Celva recorda-se de cotar o mesmo seguro na rua Papa João 23 por R$ 1,8 mil e na rua Tuiuti por R$ 2,3 mil. Em geral, locais com maior incidência de roubo de veículos elevam de 10% a 20% o montante pago pelo seguro.
Chuvas não influenciaram nos preços
As fortes chuvas do primeiro semestre fizeram as seguradoras da região Norte do Estado desembolsarem R$ 11 milhões para serviços desde higienização a indenização por perda total em 460 veículos. O evento atípico não alterou os preços dos seguros, de acordo com o presidente do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização (SindsegSC), Paulo Lückmann.
— Como as ocorrências não são frequentes, a influência no preço é insignificante. A maior parte das seguradoras não alteram seus preços em função de um único evento, é necessário ter um volume, com fortes alterações na base estatística para aumento do preço — explica Lückmann.
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