Fonte: Site Bradesco Seguros
A manutenção de veleiros é uma matéria vasta, tema para vários livros e manuais. São muitos detalhes para prestar atenção dependendo do tamanho, modelo e finalidade da embarcação. Consultamos o especialista Günther Sérgio Müller, técnico náutico e construtor desde 1962, que nos deu dicas básicas sobre quatro assuntos: velas, mastros, cabos e ainda o que fazer em caso de tempestades elétricas. Confira:
Conservação das velas
Quanto menor a exposição das velas ao sol, melhor. Quando não estão em uso é necessário colocar uma capa para protegê-las da luz solar no caso de veleiros maiores. Nos demais casos, guardá-las em um abrigo à sombra. Para que não se rasguem, evitar pontos cortantes no mastro colocando uma proteção nas cruzetas (barras de alumínio presas ao mastro para dar mais sustentação), que pode ser de couro ou outro material.
Numa vela nova, para barcos que fazem regatas normalmente, deve-se usar somente água doce para retirar o sal, que forma cristais que cortam as costuras. No caso de velas que só são usadas para cruzeiro, quando já estão mais velhas, é possível lavá-las com sabão neutro.
Montagem dos mastros passo a passo
A montagem de mastros requer serviço especializado, pois envolve a segurança do veleiro e implica em risco para a vida humana. Com pessoal do ramo deve-se primeiro (no caso de veleiros maiores) ter um guindaste, pau de carga, ou algo semelhante para poder erguer o mastro. O veleiro deverá estar junto ao cais com os cabos de amarração fixados. Na etapa seguinte, verificar se todo o estaiamento, que é o conjunto de cabos de aço que dá sustentação à mastreação, está completo.
Feito isso, colocar um cabo de fixação um pouco acima do centro de gravidade para elevar o mastro. No caso de mastros que passam através da cabine pela enora (abertura no convés), tomar cuidado para não morder os cabos elétricos nessa operação.
Uma pessoa deverá ficar no interior da cabine para posicionar o mastro na sua fixação junto à quilha. Prender então os esticadores; primeiro os de baixo, depois os do tope (ponto mais alto do mastro). Em seguida o estais de proa e de popa. A regulagem do estaiamento deve ser feita por pessoa experiente, de forma manual ou usando aparelho para medir a tensão dos cabos.
Limpeza dos cabos
A limpeza dos cabos deve ser feita com uma esponja (nunca de material abrasivo), água e sabão neutro. Para retirar a sujeira acumulada, lavar bem e não deixar resíduos de sabão. Pode-se usar silicone em spray retirando o excesso com pano limpo. Junto aos terminais, verificar se não há ferrugem. No cabo propriamente dito, inspecionar se não há sinais de ruptura formando o que os velejadores chamam de "gatos" que podem furar os dedos. Cabos de aço da mastreação normalmente não duram mais de dez anos.
Tempestades elétricas
Esse é um assunto ainda em estudo que gera muitas controvérsias. Na ameaça de tempestade elétrica, o respeitado navegador francês Bernard Moitessier, por exemplo, costumava fixar uma corrente no estaiamento e jogar a outra extremidade no mar. Segundo as recomendações do American Boat and Yacht Council (ABYC), o ideal seria um pára-raios no topo do mastro, com conexão direta para a água. Mas ainda há dúvidas se um barco sem pára-raios tem mais ou menos chance de ser atingido. Como regra geral, evite contato com as partes metálicas do barco, permaneça fora da água e, se possível, dentro da cabine.
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