Fonte: Diário de S. Paulo - Data: 18.04.2007
Depois que a Fiat decidiu investir no segmento de veículos com visual fora-de-estrada e lançou, em 1999, a perua Palio Adventure, a moda pegou no Brasil. De lá pra cá, devido ao grande sucesso comercial dos carros maquiados, outras montadoras, como Citroên, Ford e Volkswagen resolveram seguir a mesma trilha.
No entanto, apesar da ótima aceitação que os automóveis com apelo off-road têm no país, o Centro de Experimentação Viária (Cesvi Brasil) faz um alerta aos consumidores: o conserto deste tipo de carro pode custar até quase 54% a mais que o de sua versão normal, o que significa um acréscimo no valor do seguro.
Para chegar a esta conclusão, a entidade fez uma comparação entre os modelos C3 (Citroën), Celta (Chevrolet), Dobló, Idea, Palio e Strada (Fiat), Fiesta (Ford), Scénic (Renault) e Fox (Volkswagen) e suas versões fora-de-estrada. O estudo incluiu ensaios de impactos traseiros e dianteiros.
Na categoria hatch compacto quem levou a pior foi o VW CrossFox no confronto com o Fox. Em caso de colisão, o proprietário do carro convencional teria de desembolsar R$ 1.084,67, enquanto o dono do modelo fora-de-estrada gastaria R$ 1.667,30 — diferença de 53,71%, que se deve, principalmente, à introdução de quebra-mato, porta-estepe, farol de milha auxiliar e spoiler traseiro.
Outro veículo que obteve baixa pontuação no estudo foi o Fiat Idea Adventure em relação
ao Idea convencional. Segundo o comparativo, o custo total de reparo da versão off-road fica-ria 30,55% mais caro. Em contrapartida, a minivan Renault Scénic foi uma das melhores colocadas: o conserto da versão Sportway foi só 9,61% maior.
Custo serve de base ao seguro
Com o resultado desse estudo comparativo, o Cesvi tem dois objetivos. O primeiro deles, co-mo explica José Aurelio Ramalho, diretor- executivo de Operações da entidade, é trabalhar para que as seguradoras definam um novo padrão para calo valor das apólices de cada modelo — hoje o custo do seguro é tirado por uma média de vários modelos.
A outra meta do órgão é criar uma cesta básica exclusiva para esses automóveis. O que acontece é que o pacote para esses modelos, além dos 15 itens mais sinistrados, acrescenta outros, como anteparo do pára-choque, farol auxiliar, estribo lateral, suporte e moldura do estepe e pára-choque de impulsão (quebra-mato).
"O custo dessa cesta básica de um veículo fora-de-estrada deverá chegar a uni valor 56% superior ao de sua versão nor-mal", completa Ramalho.
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