18 de junho de 2007

Apólice de carros ficou mais barata

Fonte: Jornal do Brasil Rio de Janeiro - Data: 18.06.2007

Muitos consumidores foram beneficiados com uma redução média de 15% no preço do seguro de carro no primeiro quadrimestre deste ano. Boa parte, porém, sequer percebeu.— Quando se compra um carro novo fica difícil comparar se o preço foi reduzido e o desconto passa despercebido para o consumidor — explica Flávio Faggion, sócio da consultoria Siscorp.Segundo Marcus Vinicius, diretor da SulAmérica, 80% dos carros zero quilômetro saem das concessionárias segurados.— Uma boa parcela do nosso público são esses proprietários — disse.Uma questão contábil dificulta ter uma noção clara do resultado das vendas do seguro auto de carro no quadrimestre, que registra queda no volume de prêmios de 4% em relação ao mesmo periodo de 2006, para R$ 4,2 bilhões. Segundo o consultor, o faturamento foi afetado pela mudança feita pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) em janeiro de 2006.No ano passado, as seguradoras tiveram que computar as apólices vendidas em dezembro de 2005 no mês de janeiro, quando efetivamente as apólices foram emitidas, o que acabou por inflar os números do mês. Com isso, em janeiro de 2007, as vendas ficaram pequenas diante dos valores do mesmo mês do ano anterior.Algumas seguradoras apontam alta de 3% do setor sem considerar esse efeito contábil. Um número pequeno se levarmos em conta que a venda de carros zero no periodo foi de 24%, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Tal diferença nos percentuais deixa explicita a queda no preço médio do seguro de auto.— A disputa por esse segmento tem sido acirrada, mas isso acaba sendo saudável para o consumidor e para o corretor de seguros, que passa a dispor de um variado leque de produtos, serviços e preços. Todos ganham — disse Ricardo Saad, diretor geral da Bradesco Auto RE, que em maio enviou circular aos corretores com redução média de preços do seguro auto de 15% em São Paulo e Rio e de até 25% em outras regiões.A aposta é de recomposição dos preços. — A queda do ganho financeiro não permitirá movimentos de preços tão bruscos e a tendência é de realinhamento para aqueles que baixaram sem ter base técnica — acredita Faggion.Cláudio Sanches, diretor da Itaú, pondera. — Se as freqüências de roubo e furto continuarem nos níveis do final de 2006, com viés de baixa, os preços devem se manter — disse.Segundo Fábio Luchetti, vice presidente executivo da Porto Seguros, a maior do Brasil em seguro de carro e com crescimento de 9% nas vendas no periodo, não vale a pena crescer a qualquer custo. Baixar o preço para ganhar mercado sem ter base técnica confunde o corretor e o consumidor.— A companhia terá de elevar o preço para recompor a rentabilidade da carteira e perderá o segurado com o aumento do preço na renovação — concorda Emerson Bernardes, executivo da Unibanco AIG.— A nossa opção é perder mercado se tivermos de sacrificar a rentabilidade — disse Walter Pereira, diretor de massificados da Tokio Marine, que registrou queda nas vendas de 17% no quadrimestre, sem o efeito contábil. Neste mês, porém, a Tokio optou por reduzir o preço médio em 12% para reduzir a perda de mercado.Mas como manter a rentabilidade sem perder participação de mercado? — E preciso ganhar na precïficação, privilegiando bons riscos e cobrando um preço adequado dos maus riscos. É preciso ter sangue frio quando uma ou outra companhia tem uma politica mais agressiva de preço para ganhar participação, pois logo o mercado se reposiciona — disse Luchetti.A estratégia da Porto para enfrentar os concorrentes sem prejudicar a companhia foi criar a Azul Seguros, a seguradora "light" do grupo, com produtos básicos e ,preços menores.A Unibanco AIG cresceu 24% no serviços, levando uma proposta d valor para clientes e corretores— Temos programas via we que otimizam o relacionament com o corretor. Para o cliente final, a mais recente novidade o cartão de crédito, onde os gatos se revertem em desconto na compra do seguro de carro.Além de baixar preço, privil giar bons motoristas, dar desconto na renovação e ofertar grane variedade de serviços, alguma mudanças devem ocorrer nas e tratégias das companhias. Umadelas é criar novos mercados. concorrência é acentuada nas regiões metropolitanas. São Paulo e Rio respondem por quase 70% das vendas de seguro de carro. Nessas duas praças, o maior volume de indenizações é por roubo e furto.— Vamos desenvolver produtos adequados para outras regiões do país para crescer com rentabilidade — disse Luchetti. Um seguro com cobertura só para colisão pode ter preço até 30% inferior a apólice completa. Mas isso não é muito fácil.— O risco de colisão é grande fora de São Paulo e Rio, pois outras regiões não têm sinalização adequada nas grandes avenidas, o sistema de radares não é tão desenvolvido, há muito trânsito de veículos em rodovias intermunicipais. Por isso se torna essencial ter uma boa rede de oficinas para controle dos custos e da qualidade do serviço — informou Luchetti.A Unibanco cresceu porque mudou a estratégia e passou a atuar em outras regiões e em nichos diferenciados, como mulher, frota e alta renda, este último explorado apenas pela Chubb até pouco tempo atrás. Hoje, Mapfre e Alfa, a seguradora do ex-dono do banco Real, Aloísio Farias, também disputam os endinheirados. — E um público que traz bons resultados — disse Bernardes.A estratégia da Bradesco foi focar a mulher. — A participação feminina na carteira de automóveis cresceu 30% e hoje elas já respondem por 50% das apólices individuais contratadas — disse Saad.


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