Fonte: Paraná on line -Data: 27.03.2008
Espanha continua sendo o país que mais barra a entrada de brasileiros.O caso dos brasileiros deportados da Espanha ainda vai ficar por um tempo na mente das pessoas que pretendem viajar para o exterior. Seja abuso ou soberania, o fato é que o episódio serve como alerta em relação à forma que o turista deve se portar em uma viagem internacional, começando pelo cumprimento de todas as exigências impostas pelo país a que se quer visitar, evitando ao máximo o constrangimento de ser barrado na imigração e, pior, deportado sem direito a nada.Geraldo Rocha, diretor de Relacionamento com o Mercado da Abav-PR (Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná), ressalta que cumprir todas as normas requeridas é premissa básica em todos os países, seja ele exigente de visto ou não. “Ter concedido o visto por um país também não garante a entrada. Estar com todos os documentos e seguir todas as regras também não. Isso porque o país é soberano e pode barrar a entrada de qualquer pessoa; neste caso, é uma questão de sorte”, frisa o agente de viagens.A Espanha é o país que mais barra brasileiros. Entre os turistas, os que têm tido mais problemas são os jovens (homens e mulheres) de até 35 anos e mulheres desacompanhadas, tudo por suspeita de, além da imigração ilegal, o turismo sexual.PacoteAs pessoas que compram pacotes de viagem, por exemplo, na grande maioria das vezes, não têm problemas no setor de imigração de nenhum país, desde que estejam com toda a documentação e outros itens exigidos em mãos. “É claro que não se pode garantir a entrada de ninguém em país algum. É só na imigração que será determinado isso”, disse Geraldo.Há pessoas que têm intenção de ficar ilegalmente no país e compram pacote para facilitar a entrada, o que representa um risco na permanência estendida, na saída do país e em uma futura entrada. Pessoas com intenção de estudar no exterior, devem ficar atentas a certos detalhes. Segundo Geraldo Rocha, cursos de inglês com aula de uma hora por dia, por exemplo, podem não ser bem-vistos, se a intenção da pessoa é aprimorar o idioma. “Este foi o caso de uma cliente nossa que comprou um programa de estudo na Inglaterra. Ela não atendeu a nossa recomendação de não comprar um programa de apenas uma hora diária, foi e acabou sendo barrada, tendo que voltar no dia seguinte”, relata.Fique atento às exigências Para entrar nos países acordados pelo Tratado de Schengen - Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, França, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, Suécia, Suíça e República Tcheca - o brasileiro não precisa de visto, desde que permaneça, no máximo, noventa dias no país (consecutivos ou não, dentro de um prazo de seis meses) e não exerça atividades remuneradas.Do turista é exigido que possua passaporte válido por no mínimo mais seis meses; portar bilhete aéreo com data de retorno; ter pelo menos 57,06 euros (por pessoa) por dia de permanência no país; não ter esgotado o período de permanência de três meses e ter seguro médico internacional com cobertura mínima de 30 mil euros. “Nós sempre recomendamos o seguro ao nosso cliente, em qualquer viagem. Se ele não aceita, pedimos que assine um termo declarando que lhe foi oferecido o serviço e ele não quis”, explica Geraldo Rocha, da Abav-PR.E não vale a pena viajar sem seguro. Celso Guelfi, presidente do seguro de viagem GTA - Global Travel Assistance, comenta que o valor do investimento para a compra de um seguro de viagem é extremamente acessível. Dependendo do tempo de permanência e do perfil da viagem, o seguro tem seu valor próximo do preço da taxa de embarque do aeroporto. O seguro de viagem para os países que compõem o Tratado de Schengen, para viagem com permanência de cinco dias, custa a partir de US$ 35. Entre as coberturas estão assistência médica, odontológica, farmacêutica e jurídica, transmissão de mensagens urgentes, seguro-bagagem e gastos por atraso ou cancelamento de vôo, seguro de vida e da residência.O turista que for se hospedar em hotel deve portar a confirmação de reserva do estabelecimento; já, se ficar na casa de amigo ou parente, uma carta da pessoa convidando-o para a estada. Se a viagem é para participar de alguma feira, evento ou reunião, é necessário estar com o convite contendo o nome da empresa responsável e duração da estada. Quem viaja para estudar, deve ter em mãos o comprovante de matrícula do curso e alguns dados como duração, horas-aula diárias, etc.
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