Orgão simula colisões de carros de entrada e dá notas baixas a modelos
Carsale - Nesta quinta-feira (24) o órgão de segurança LatinNCAP divulgou os resultados da segunda fase de testes de colisão frontal (crash tests) com veículos vendidos na América do Sul e Caribe. Neste estágio, foram escolhidos os seguintes veículos: Ford Ka, Fiat Uno, Chevrolet Classic, Chevrolet Celta e a versão de entrada do Nissan Tiida hatch (esta com apenas um airbag, versão que não é mais comercializada no Brasil).
“Escolhemos um dos cinco modelos mais vendidos na América Latina para os ensaios. Quando comunicamos a segunda fase de testes, algumas montadoras resolveram patrocinar a realização de medições em outros veículos de suas linhas de produção”, afirmou o engenheiro responsável pelo LatinNCAP, Alejandro Furas.
Dos veículos oficiais desta fase de testes, todos receberam baixos resultados. O Chevrolet Celta ficou com apenas uma estrela, assim como Chevrolet Classic, Ford Ka e o Fiat Uno. O hatch Nissan Tiida, com apenas um airbag, recebeu três estrelas.
Veículos de fábrica
Dos modelos oferecidos pelas montadoras, os resultados foram melhores, com exceção do hatch compacto March (duplo airbag de série), que recebeu apenas duas estrelas. A versão hatch do Ford Focus ficou com quatro estrelas, o Chevrolet Cruze Sedã recebeu quatro estrelas, assim como o Tiida hatch (versão topo de linha com airbag duplo).
“Os modelos Ford Focus e Chevrolet Cruze apresentaram melhores resultados quanto à proteção dos passageiros. São modelos que apresentam mais equipamentos de segurança e um melhor desenvolvimento da estrutura da carroceria”, concluiu o resultado desta fase do LatinNCAP. Vale lembrar que o Chevrolet Cruze utilizado durante os ensaios foi fabricado na Coréia do Sul e não no Brasil.
Como funciona o LatinNCAP
Diferente do crash-test realizado pelo órgão europeu EuroNCAP, que faz cinco tipos de medições, o LatinNCAP utiliza apenas o de colisão frontal. O veículo escolhido atinge 40% de sua região frontal em uma barreira móvel a 64 km\h.
Como já foi citado, esta é a segunda fase de testes (a primeira ocorreu e foi divulgada em 2010) de um projeto-piloto que está sendo implanto nos países da América Latina e Caribe. A ideia do programa é ser implantado de forma definitiva em 2012, com a meta de reduzir em 50% o número de acidentes de trânsito médio dos países participantes.
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