Cidade tem um carro para cada dois habitantes. Índice, semelhante ao da Austrália, é o menor do Brasil. Veja as capitais do país onde os automóveis dominam
Conhecida pelas soluções de transporte público, Curitiba é também a capital brasileira do transporte individual. A cidade tem 1,8 habitante para cada carro. Isso significa que se toda a população do município fosse colocada dentro de automóveis, cada um deles seria ocupado por menos de duas pessoas, em média (veja tabela completa ao final).
Essa taxa, similar a de países desenvolvidos – é muito próxima à da Austrália, por exemplo, a 10ª nação com mais veículos por habitante em lista do Banco Mundial – coloca a cidade do Paraná em 1º lugar entre as capitais do Brasil em termos de transporte motorizado sobre quatro rodas.
Pioneira no uso dos ônibus do tipo BRT na década de 70, o exemplo paranaense mostra a dificuldade do poder público em convencer os brasileiros a priorizar o ônibus (ou metrô, quando existente) em relação ao carro.
No segundo e terceiro lugares no ranking elaborado por EXAME.com, aparecem Florianópolis e Belo Horizonte, com cerca de dois habitantes por veículo.
A conta usa os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a estimativa populacional do IBGE para 2013.
O resultado mostra a penetração desigual dos carros entre as capitais.
Enquanto a taxa de automóveis em algumas delas, notadamente no Sul e Sudeste, se aproxima à de países da Europa – próxima de dois habitantes por veículo – em outras, principalmente no Norte, esse número fica abaixo de cinco, apesar da expansão das vendas na última década.
A conta considera apenas automóveis e utilitários – de uso prioritariamente individual – e exclui caminhões, ônibus, micro-ônibus e motos.
Limitando-se a esta categoria, existem 45,9 milhões de carros hoje no país, uma média de 4,4 pessoas por veículo.
Especialistas alertam que, embora a penetração de automóveis em algumas poucas cidades brasileiras seja próxima ou igual à média de países desenvolvidos, existem inúmeras variáveis que fazem o trânsito nacional ser, muitas vezes, sentido de maneira mais intensa.
Entre as causas, planejamento urbano ineficaz – longos deslocamentos entre casa e trabalho são usuais – e o uso considerado exagerado que se faz do veículo por aqui, em parte pelas más condições do transporte público.
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