16 de janeiro de 2007

Unibanco AIG fará a cobertura do acidente no metrô paulista

Fonte: DCI - Data: 16/01/2007
Vanessa Correia

O Unibanco AIG é o responsável pela apólice de seguro do acidente ocorrido na última sexta-feira, na construção da Linha Amarela do Metrô de São Paulo. De acordo com fontes que não quiseram se identificar, 99% do risco da apólice está com a American International Underwriters (AIU), braço do grupo AIG para resseguros da área de property e casual. O restante do risco foi dividido entre a seguradora brasileira e o IRB Brasil-Re — único ressegurador autorizado a atuar no País.
“Os participantes da negociação da apólice tiveram dificuldade para a colocação dos riscos. Algumas resseguradoras conhecidas no mercado não quiseram assumir o compromisso”, confirmou a fonte.
O limite máximo de indenização negociado no contrato foi de R$ 150 milhões. A franquia, ou seja, a participação obrigatória do segurado, foi estabelecida em 10%, limitada ao mínimo de R$ 5 milhões. “Ainda é muito prematuro para dizermos o valor do prejuízo, mas devemos lembrar que a perda não foi total, uma vez que apenas uma estação da linha 4 do Metrô de São Paulo foi afetada com o acidente”, diz.
O contrato de riscos de engenharia, negociado no final de 2005, teve custo de R$ 25 milhões e uma importância segurada de R$ 1,2 bilhão.
O diretor superintendente da Lazam MDS, Antonio Jorge Amorim da Motta, explica que a cobertura de riscos de engenharia abrange desde danos causados a terceiros durante a construção de um projeto até problemas físicos na obra. “Esse tipo de apólice é muito ampla e aceita coberturas adicionais”, explica.
Além da cobertura básica da apólice, o contrato da Linha Amarela do Metrô abrange coberturas adicionais como desentulho, erro de projeto, despesas extraordinárias, manutenção ampla, entre outras demandas.
Gustavo Tavares da Cunha Mello, da corretora Correcta Seguros, explica que além da apólice de riscos de engenharia, há a apólice de responsabilidade civil. “Muitas vezes, o prejuízo do entorno, ou seja, o que poderá ser coberto pela apólice de responsabilidade civil, pode ser maior do que foi estipulado na apólice de riscos de engenharia”, explica o executivo.
Para o executivo, o sinistro afeta a carteira de riscos de engenharia e, certamente, o Unibanco AIG ficará mais criterioso para aceitar essa modalidade de seguro.
Mercado
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o mercado de seguros de riscos de engenharia movimentou R$ 247,1 milhões de janeiro a novembro de 2006, montante 21,6% superior se comparado com o total de prêmios registrados em igual período do ano anterior.
O líder do segmento é o Itaú Seguros com R$ 35,8 milhões, seguido por Unibanco AIG, com R$ 32,8 milhões em prêmios e AGF Brasil com R$ 29,5 milhões. No mesmo período de 2005, o Unibanco AIG era líder do mercado de seguros de riscos de engenharia, com uma carteira de R$ 49,1 milhões, seguido pelo Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros, com R$ 26,8 milhões em prêmios, e pela Itaú Seguros, com R$ 23,4 milhões.
A modalidade é uma das apostas de algumas seguradoras para este ano. Executivos que atuam no mercado de seguros afirmam que a linha apresenta um enorme potencial de crescimento, já que há inúmeras construções sendo realizadas por diversas cidades do País.
Procurados pela reportagem do DCI, o Unibanco AIG informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria o ocorrido.

>> Veja vídeo do acidente. Clique aqui.

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