O Estado de São Paulo iniciou o ano com alta nos índices de roubo e furto de veículos. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, no primeiro trimestre de 2014 foram registradas 58.431 ocorrências, que representam aumento de 15% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram computados 50.687 casos. Os indicativos colaboraram para que o furto e o roubo de veículos se tornassem os principais vilões do preço do Seguro de Automóvel em 2014.
O medo de fazer parte dessas estatísticas tem levado consumidores a procurar proteção para seu patrimônio. Em entrevista ao Jornal dos Corretores de Seguros (JCS), três corretoras de seguros declararam aumento na carteira de clientes do ramo de Automóvel, que chegou a uma variação média de 19%. “O mercado de Seguro de Auto no Brasil vem crescendo muito nesses últimos anos e a cultura do consumidor está mudando, mesmo que lentamente, quando comparado com os mercados europeu e americano”, opina Thiago Stoppa da Rocha, da Évora Corretora de Seguros.
Entretanto, o impacto da sinistralidade do ramo no preço dos produtos gera sentimento de decepção no segurado, que exige do corretor de seguros uma explicação das variáveis. “Os questionamentos são contínuos e o único argumento que nos resta para minimizar a ira dos nossos clientes é o crescente volume de roubos e furtos na região”, comenta Roberto José Korsakas, da RJ Korsakas Corretora de Seguros. Segundo ele, além do custo do seguro, outros serviços têm aborrecido o consumidor, como problemas com a assistência 24h e o valor das franquias, cujo crescimento onera o custo dos seguros.
Já para Marcos Antônio Cheganças, da Potência Corretora Seguros, outras situações têm atrapalhado a comercialização do Seguro de Auto, como a falta de produtos para a parcela da população que possui carros mais velhos e a pouca divulgação das vantagens e benefícios que o seguro oferece, além da estratégia de algumas companhias que, para conquistar fatias de mercado, ofertam produtos abaixo do valor real e, em contrapartida, entregam serviços de péssima qualidade.
A fim de valorizar o lado positivo do produto, Cheganças destaca as vantagens para o consumidor. Os serviços que podem ser evidenciados são: socorro mecânico para reparo do veículo no local, guincho para reboque até a oficina, auxílio em caso de falta de combustível, chaveiro, troca de pneus, entre outros.
“O cliente ainda pode ter o valor pago do seguro restituído com os pontos adquiridos em seu cartão de crédito e até a devolução do dinheiro através da utilização de uma série de serviços oferecidos pelas companhias que não estão relacionados diretamente com o veículo. Ao final de 12 meses, esses benefícios gratuitos somam valores consideráveis”, avalia Cheganças.
Corretor pode ajudar
Pela falta de orientação, muitos segurados não sabem como se prevenir contra roubos e furtos, e o corretor de seguros pode ajudar nesse processo. Colaborando para isso, a Escola Nacional de Seguros divulgou dicas que garantem mais segurança para o consumidor (veja algumas delas ao lado).
As orientações são importantes para que o segurado não deixe objetos expostos no interior do veículo, como equipamentos eletrônicos e bolsas, evite paradas em locais desconhecidos e ande sempre com os vidros fechados e as portas travadas.
Korsakas revela que já opera dessa maneira com seus clientes. “Prestamos apoio de acordo com o perfil de cada segurado com relação aos cuidados que devem tomar como: não deixar o veículo na rua e tampouco colocar os documentos do carro no porta-luvas ou no quebra-sol. Para as mulheres, alertamos que a bolsa fique sob o banco do motorista e nunca no assento do passageiro, pois é onde o ladrão vai procurá-la no caso de arrastão em congestionamentos”, indica.
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