Fonte: Folha de Sao Paulo - Data: 26/08/2013
Suponha um cenário no qual é possível escolher entre receber R$ 5.000 de salário ou arriscar ter 50% de chance de ganhar R$ 15.000 e 50% de chance de não ganhar nada. Qual seria a alternativa mais interessante?
Numa situação de incerteza como essa, inúmeras reações podem surgir. Alguns indivíduos são mais avessos ao risco e acabam se precavendo de qualquer imprevisto; do outro lado estão aqueles com perfil mais ousado, que arriscam no limite e não se importam tanto com as perdas.
Mas é possível modelar as respostas e notar que a maior parte opta pelos R$ 5.000 fixos para que possa ter certeza de que estará com o dinheiro no final do mês.
É dessa forma que se constrói a demanda por seguros. Por menor que seja a chance de prejuízo, para muitos é preferível pagar uma taxa que proteja carro, imóvel ou outro bem a arriscar perder tudo.
Com a violência no Brasil, tem-se investido em segurança privada nos mais diversos âmbitos, inclusive em seguros de produtos eletrônicos como tablets e smartphones.
No cálculo que compõe a formação do preço dos planos, a seguradora leva em conta o valor do bem e sua probabilidade de sinistro. Itens mais vulneráveis têm seguros mais caros, mas alguns são tão elevados que chegam a ser questionáveis.
Para notebooks e tablets o preço fica em cerca de 15% do valor total do bem. Para smartphones, até 25%. Quantia que, com o nível de avanço tecnológico atual, pode se perder na forma de depreciação em menos de um ano.
Deve-se verificar se o seguro realmente vale a pena. A escolha é subjetiva, pois está relacionada ao bem-estar do indivíduo. Contudo, é importante analisar com cautela o custo e seu impacto no orçamento, para que a segurança buscada não se transforme em mais uma dor de cabeça.
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