Fonte: Agora 17/07/2004
Quem compra um carro zero-quilômetro hoje em dia sabe que, além de pesquisar exaustivamente o menor preço, deve ficar atento ao valor cobrado pelo seguro.
Com os índices de violência crescendo a cada dia, ter seguro se tornou uma forma de proteção contra um prejuízo ainda maior. E a pesquisa de preço também é importante nessa área, já que conta com uma boa variação entre as seguradoras.
Segundo Marcos Vinícius Martins, vice-presidente de automóveis da Sul América Seguros, os carros esportivos são os mais visados por bandidos e, por isso, pagam seguro mais caro. "Os ladrões pegam esses carros para fuga por serem mais velozes", diz, justificando o valor mais elevado para esse tipo de veículo.
Picapes, especialmente os modelos diesel, também são muito visadas. Como o custo de manutenção desse tipo de veículo é alto, elas são roubadas para alimentar desmanches clandestinos.
Cálculo
De acordo com Fernando Reinhardt, gerente de seguros de automóvel da Itaú Seguros, o cálculo do valor envolve diversos itens referentes ao carro e ao motorista, que são analisados pelas empresas. "Ele é calculado com as informações sobre o veículo, a região de tráfego, as características de uso do veículo, seus condutores e sua proteção", explica ele.
Em relação ao carro, a seguradora verifica se ele possui um índice de roubo alto. Geralmente, os modelos mais caros, os mais vendidos e os esportivos são os mais visados pelos bandidos.
Além disso, é importante saber se as peças de reposição são achadas com facilidade e com qual preço. Se for alto, é um ponto negativo para o carro. Ainda é verificado o preço de revenda, para saber se, em caso de recuperação do veículo, será possível compensar o valor pago por ele pela seguradora.
O perfil do condutor também é um fator relevante no cálculo. As mulheres são as mais beneficiadas nesse quesito. Quanto mais velha, menor será o valor. Se tiver filhos, melhor ainda. Do outro lado da balança estão os motoristas mais jovens. "De modo geral, o maior risco é dos jovens de até 25 anos", diz Adalberto Luiz, gerente de marketing da Caixa Seguros.
Por serem mais inexperientes, são os que apresentam maior risco de acidente.
A região da residência é outro item analisado. Se o proprietário vive em um local que registra muitos casos de roubos ou furto de carro, seja nos semáforos ou parado nas ruas, o preço sofrerá alteração para cima.
A profissão do condutor também interfere no preço do seguro. Mas só no caso de ele ser taxista ou trabalhar na rua, sempre com o carro.
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