18 de maio de 2006

Sem seguro, empresas de ônibus têm prejuízo

Fonte: Valor Econômico - Data: 18/05/2006

As empresas de ônibus urbano de São Paulo devem ter prejuízos de até R$ 6 milhões com os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram incendiados, até a noite de ontem, 52 carros apenas na capital. Nenhum deles tinha seguro.
Já as agências bancárias atacadas tinham seguros, que cobrem vários eventos, como roubo, incêndio ou danos aos clientes. O que os executivos do setor de seguros ouvidos ontem pelo Valor questionavam é que atos de vandalismo não costumam ser cobertos pelas apólices.
Já para os ônibus, não é comum oferecer seguros de perda total (ou parcial), acidentes ou roubos. Segundo o diretor de uma seguradora, estes veículos raramente são roubados e quando há algum acidente de trânsito, os danos no ônibus são pequenos. "O custo benefício é baixo", disse o executivo.
O que é comum nos ônibus de transporte coletivo é oferecer o seguro de responsabilidade civil, que cobre eventuais danos causados pelos ônibus a terceiros, incluindo passageiros feridos em acidentes, batidas em outros veículos e danos aos motoristas e cobradores e pedestres.
As seguradoras dizem que, no caso dos ônibus, mesmo se eles tivessem seguros contra perda total, seria difícil cobrir as perdas dos últimos dias, pois todos os incêndios podem ser classificados como atos de vandalismo. Ou seja, o problema é semelhante ao das agências bancárias.
Um ônibus novo custa entre R$ 150 mil e R$ 250 mil. Segundo o Valor apurou, boa parte dos veículos incendiados nos últimos dias eram novos (modelos a partir de 2003). Entre as empresas que terão que arcar com os prejuízos está a Viação Sambaíba (com dez carros incendiados), a VIP (com 18), Himalaia (com quatro), Campo Belo (com três) e a C. Dutra (com quatro). Dos 52 ônibus, 48 pertenciam a empresas de transporte coletivo e quatro a cooperativas.
De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss), além das perdas com os carros destruídos, as empresas deixaram de arrecadar R$ 6 milhões ontem, quando parte da frota ficou paralisada com o temor de novos ataques.
Alguns executivos do setor de seguros esperam um aumento do procura pelo seguro residencial num contexto de maior sensação de insegurança entre a população.


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