12 de dezembro de 2006

Enchentes afetam as carteiras de seguro de automóveis

Fonte: DCI - SP - Data: 12.12.2006

As enchentes em São Paulo causaram transtornos para as seguradoras na semana passada, principalmente na carteira de seguro de automóveis. A Mapfre, por exemplo, registrou 20 veículos submersos nos últimos dias, sendo que a carteira de segurados em automóveis na Grande São Paulo é de 150 mil apólices. Já a carteira total da empresa é de 960 mil segurados. Considerando que cada veículo custe, em média, R$ 30 mil, o prejuízo da seguradora terá sido de R$ 500 mil.

Nesse período as companhias de seguro observam uma sinistralidade até 25% maior se comparada ao restante do ano. Apenas em dezembro, o mercado está prevendo uma expansão de 10% no número de sinistros causados por enchentes ante os demais meses.

?Os transtornos causados pelas chuvas da semana passada nos pegaram de surpresa já que dezembro não costuma chover muito?, afirma Marcelo Sebastião, gerente de automóveis da Porto Seguro Seguros.

De acordo com Jabis de Mendonça Alexandre, vice-presidente da área de automóveis da Mapfre, durante o ano, o índice de perda total fica em torno de 1% dos veículos segurados, sendo que em dezembro, janeiro e fevereiro, esse número aumenta 25%.

?Esse tipo de ocorrência é imprevisível e fatalmente as seguradoras terão prejuízo com alagamentos e enchentes. Temos a expectativa de que o rebaixamento da calha do rio Tietê melhore o número de sinistros causados com o transbordamento do rio, mas ainda é cedo para afirmar se nossa expectativa vai se confirmar", destaca Alexandre.

A cobertura contra enchentes faz parte da contratação do seguro básico de automóvel. Segundo Adalberto de Souza Luiz, gerente de Marketing de Seguros Patrimoniais da Caixa Seguros, o pagamento do sinistro é feito mediante uma análise do bem para saber qual foi o prejuízo. "Nem todos os automóveis que enfrentam uma enchente dão perda total", conta.

Ele diz que nessa época do ano o crescimento dos sinistros acontece tanto por causa das enchentes quanto devido a acidentes causados nas viagens de férias.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aponta que em dezembro do ano passado a sinistralidade do seguro de automóvel foi de 61%. Já em março deste ano, quando historicamente as chuvas acontecem em São Paulo, a sinistralidade de seguro automóvel foi de 67%.

Uma das líderes de mercado em seguro de automóveis, a Porto Seguro Seguros, também registrou sinistros na semana passada devido às chuvas, embora não saiba precisar o número. "Só conseguimos identificar os sinistros após a retirada do veículo da oficina mecânica", diz Sebastião.

Mas ele completa que os pontos de alagamento não foram muitos e, provavelmente, a carteira da Porto Seguro Seguros não foi muito afetada.

A carteira de seguro de automóveis da Porto Seguro é de 1,25 milhão de automóveis, sendo 56% apenas na Grande São Paulo. "Não só o número de sinistros, mas também os chamados de serviços 24 horas aumentam, em média, 15% na região", conta.

Outras modalidades

As modalidades de seguro residencial, empresarial e de transporte têm cobertura contra enchentes, mas as seguradoras não foram afetadas nessas carteiras. Nas linhas de seguro residencial e empresarial, as empresas oferecem esse tipo de cobertura apenas mediante análise do bem.

Quanto ao seguro de transporte, Arthur Santos, diretor da área de transporte da Mapfre, conta que o seguro realizado pelo embarcador cobre danos causados por enchentes, dependendo da cobertura, mas que não é comum acontecer esse tipo de sinistro. "Caminhões têm mais autonomia que automóveis e por isso acidentes não são tão freqüentes", explica.

A Mapfre ocupa a segunda colocação no ranking da Susep em seguro transporte, com uma carteira de, aproximadamente, R$ 150 milhões.

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