Fonte: Diário online - Carolina Lopes - Data: 10/02/2009
O preço do seguro de automóvel deve ficar mais caro no Grande ABC ainda neste primeiro semestre, segundo especialistas do setor consultados pelo Diário OnLine. Isso porque a região registrou um aumento nos índices de roubo e furto de veículos em 2009, segundo dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), e por conta da elevação no número de carros danificados por enchentes, já que as sete cidades têm sofrido com chuvas fortes desde o fim do ano passado.
Para o presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), Leôncio de Arruda, as seguradoras devem aplicar um reajuste em torno de 20% no valor do seguro automotivo a partir de abril.
"A previsão de aumento é na casa dos 20%, provavelmente em abril. Porém, esse aumento não está garantido porque existem cerca de 30 empresas operando seguro de automóvel no Grande ABC e cada uma decide o percentual de reajuste conforme a sua experiência no mercado. Não existe uma tabela", afirma.
No caso das chuvas, Arruda diz que a elevação também ocorrerá em outros Estados do País. "As seguradoras de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro já tiveram um aumento de 25% nos sinistros por conta das chuvas. Os veículos que chegam para as seguradoras estão com um volume muito grande de água, e se ela chega ao painel, é perda total do carro", explica.
O membro da comissão de seguros de automóveis da Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) José Carlos Oliveira também concorda que haverá elevação nos preços, porém prefere não arriscar um percentual.
"Pode haver um movimento de alta a partir de março porque o preço do seguro é calculado com base nas indenizações. Se os roubos aumentam, certamente há impacto no preço do seguro. Porém, o valor é baseado em 12 meses para tirar os efeitos sazonais. Em janeiro e fevereiro, o número de roubos e furtos diminui, mas há ocorrência de enchentes. Então pode ser que um fator compense o outro", acredita.
Segundo o integrante da Fenseg, o impacto no bolso dos motoristas da região deverá ser ainda mais significativo, já que o Grande ABC é conhecido por ter um dos maiores valores de seguros de automóveis do País. "No Brasil, a região só perde para a Baixada Fluminense (Rio de Janeiro) no valor do seguro e, no Estado de São Paulo, é a campeã", afirma Oliveira.
Contudo, os especialistas esclarecem que outros indicadores são levados em consideração pelas seguradoras na hora de definir o preço de um seguro. "Contam pontos a região que tem mais roubos de veículos, o veículo que fica mais tempo na posse de um motorista jovem, os modelos mais roubados, os que possuem maior valor para substituição de peças, as colisões e, por último, o perfil do segurado", esclarece o presidente do Sincor-SP.
Enchentes - Em época de chuvas fortes e alagamentos, é bom ficar atento à apólice de seguro contratada. Segundo Leôncio de Arruda, apenas os seguros com cobertura total (em que estão incluídos colisão, incêndio e roubo) cobrem danos provocados por enchentes. "Quando a apólice cobre apenas danos contra terceiros ou apenas incêndio e roubo, não há cobertura para danos causados pelas chuvas", esclarece.
Contudo, Arruda afirma que a seguradora pode se recusar a fazer o pagamento caso constate imprudência do motorista. "Para a seguradora cobrir, a água deve vir até o carro e não o carro ir até a água. Tem motoristas que se arriscam e tentam passar mesmo sabendo que o local está inundado. Aí não tem cobertura", explica.
Economia - Caso as previsões de elevação no valor se confirmem, algumas dicas podem ajudar os consumidores a aliviar o impacto no bolso. Para José Carlos Oliveira, o preço do seguro diminui com a instalação de rastreadores.
"As ocorrências das seguradoras têm tido queda com ajuda dos rastreadores. Os roubos continuam ocorrendo, mas, com eles, a recuperação de veículos fica em torno de 70% no Grande ABC. Graças a isso, os preços dos seguros ainda não explodiram na região", considera o membro da Fenseg.
Além disso, Oliveira explica que o motorista deve sempre buscar ações que diminuam seu risco na seguradora e, consequentemente, o preço da apólice. "Um exemplo é deixar o carro na garagem à noite. Se ele fizer a conta, o custo de um estacionamento pode compensar porque o valor do seguro ficará menor", completa.
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