18 de agosto de 2006

Seguradoras faturam mais e sinalizam redução de preços

Fonte: Diário do Grande ABC - Data: 18.08.2006

O bom faturamento das seguradoras no primeiro semestre deste ano pode abrir espaço para cortes de preço na segunda metade de 2006. A boa notícia é resultado de crescimento de 16% no faturamento das empresas de seguro, de janeiro a junho deste ano contra igual período do ano passado. De acordo com levantamento o Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), o setor registrou faturamento de R$ 17,4 bilhões, no período.

O total das receitas inclui os segmentos de automóvel, patrimonial, riscos financeiros e demais ramos, com exceção seguros de saúde e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), uma modalidade de previdência privada. Para a Porto Seguro Seguros, que hoje é líder na área de automóveis, o bom desempenho aumenta a possibilidade de custos menores para os segurados.

O estudo também aponta que o Bradesco, de longe, é o primeiro lugar no ranking total de faturamento, com ganhos relativos a 13,58% do total das seguradoras. No primeiro semestre, o grupo ganhou R$ 2,374 bilhões, 4,74% a mais do que no mesmo período em 2005, quando faturou R$ 2,267 bilhões.

Líder – Se forem isolados os resultados do grande filão de seguros, o de automóveis, o Bradesco perde a majestade. Se na primeira metade do ano passado estava em primeiro lugar com 17,45% da participação do mercado, quem lidera em 2006 é a Porto Seguro, com 15,46%, seguida pelo antigo campeão, atualmente com 15,3%. Isso porque a Porto Seguro passou de R$ 1,073 bilhão para R$ 1.299 bilhão em 2006, crescimento de 21,06% em um ano. Enquanto isso, o aumento do Bradesco foi de 5,71% – de R$ 1,216 bilhão para R$ 1,285 bilhão.

Perspectiva – O gerente de Relação com Investidores da Porto Seguro, Guido Lemos, analisa que os bons resultados podem se reverter em melhores condições para os segurados. “Por causa desse desempenho, a gente prevê, para o segundo semestre, um acirramento da competição, o que pode se reverter em preço para o consumidor. Participação de mercado não é a nossa prioridade, mas é algo que alguns de nossos concorrentes querem. E, como há espaço para quedas de preço, pode ser uma ferramenta”, conta.

Mas ele minimiza o salto que a empresa deu. “Você pode ter ganho assim como o seu concorrente pode ter perdido. Na prática o que ocorreu foi um pouco dos dois. A nossa carteira realmente cresceu de forma mais acelerada do que a média das outras empresas. Mas nosso concorrente direto no setor de automóveis, o Bradesco, teve um aumento menor do que a média”, fala Lemos. “Em termos de volume temos um ganho bastante interessante da Azul, que faz parte do grupo”, completa.

“É claro que a gente recebe com grande felicidade os resultados do ranking, mas isso é conseqüência do nosso trabalho”, diz. “O que acho importante dizer é que o foco do nosso grupo não é em participação de mercado. Queremos prestar o melhor serviço tanto ao cliente quanto ao corretor e criar negócios rentáveis. O foco da empresa é qualidade de serviço e da rentabilidade do negócio”, ressalta.

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