2 de agosto de 2006

Duas mulheres indiciadas por assassinato em escândalo de seguro

Fonte: The New York Times/Cindy Chang - Data: 03.08.2006

Os promotores disseram que as mulheres, Helen L. Golay, 75, e Olga Rutterschmidt, 73, posavam de boas samaritanas, pagando o aluguel dos apartamentos das vítimas enquanto faziam apólices de seguros que as nomeavam como beneficiárias.

Golay matou Kenneth McDavid num beco de West Los Angeles em junho de 2005, usando uma van Mercury Sable que comprou usando identidade falsa, de acordo com um documento expedido na sexta-feira pelo escritório da promotoria pública do município de Los Angeles.

Segundo o documento, as duas mulheres fingiram ser primas de McDavid para conseguirem recuperar seu corpo e obter o relatório da autópsia, necessário para iniciar o pedido do seguro de vida.

De acordo com a acusação, após as mortes as mulheres obteram cerca de US$2,2 milhões de seis seguradoras diferentes, com apólices que solicitaram no nome de McDavid.

O documento também as indicia pela morte de outro sem-teto, Paul Vados, que foi morto da mesma maneira, num atropelamento num beco de Los Angeles em novembro de 1999. A dupla coletou cerca de US$600 mil em dinheiro do seguro de vida após a morte de Vados.

Roger Jon Diamond, advogado de Golay, disse: "A questão da acusação de assassinato já estava à espreita, portanto não ficamos surpresos". Ele também disse que sua cliente alegará inocência.

Gloria Allred, advogada da filha de Vados, Stella Vados, disse: "Mesmo que seja perturbador pensar que alguém fosse assassinado, ela suspeitava há tempos que isso não tinha sido um acidente. Ela quer saber a verdade sobre a morte de seu pai".

Golay e Rutterschmidt alegaram inocência em junho pelas acusações de fraude de correspondências e envio de aplicações de seguro falsas. Promotores federais planejam retirar as queixas e permitir que o caso de assassinato prossiga sozinho.

"Se elas forem condenadas na corte estadual, receberão prisão perpétua por causa da idade", disse Thom Mrozek, porta-voz do gabinete federal de procuração em Los Angeles. "Faz sentido aplicar a pena mais severa".

Uma porta-voz para o gabinete da procuradoria de Los Angeles disse que a acusação ainda não havia decidido exigir a pena de morte. A sentença mínima para as acusações de crime capital e conspiração para cometer assassinato para ganho financeiro é a prisão perpétua, disse.

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