Fonte: GAZETA MERCANTIL - Data: 29/08/2006
Na hora da compra de um celular, oferecem um seguro a você.
A idéia parece boa, e você aceita. Mas, na hora em que precisar usá-lo, pode ter uma péssima surpresa e descobrir que não tem direito a nada. Como assim? Um exemplo: se o ladrão surrupiar o celular da sua bolsa discretamente, você não receberá a indenização. Se você perder ou quebrar o aparelho, não adianta nem sonhar.
Basicamente, o seguro só serve se o ato do roubo envolver violência e/ou deixar vestígios. O.k., mas o que é violência? Nem sempre o cliente e a seguradora concordam.
Foi o que aconteceu com a engenheira Margaret Zilberman Macret, que teve seu celular roubado enquanto andava pelas ruas próximas de casa. `Um sujeito me deu um forte empurrão, arrancou o celular da minha cintura e saiu correndo`, conta. É violência ou não é? Ao contactar a seguradora Mapfre, ela foi informada de que não teria direito a receber um novo celular porque não havia sido ameaçada com uma arma.
Essa informação constava do boletim de ocorrência feito pela própria Margaret. Cliente da operadora Vivo, ela pagava mensalmente R$ 10 pelo seguro, cobrado diretamente na conta.
Depois de muita discussão, inclusive com um apelo ao serviço São Paulo Reclama,do Estado, a seguradora decidiu restituí-la com um outro aparelho.
Só que dois meses haviam se passado, e Margaret já havia comprado outro celular. `Agora, só aceito dinheiro.` Paulo Rossi, diretor da Mapfre, garantiu ao Link que Margaret será indenizada e disse que casos semelhantes devem ser encaminhados ao Defensor do Segurado, profissional da Mapfre encarregado de ajudar o cliente insatisfeito. `Ele tem autonomia de decisão`, afirma.
O valor do seguro depende do celular, mas pode chegar a R$ 30 mensais. As operadoras fazem parcerias com seguradoras para oferecer o serviço aos seus clientes.
A Vivo oferece serviços da seguradora Mapfre. A Claro tem parceria com a ACE Seguradora. A Tim não oferece o serviço. Lojas varejistas, como as da Rede Ponto Frio, também oferecem seguro de celular.
Cada seguradora tem um contrato diferente, mas, tanto a Mapfre como a ACE Seguradora não cobrem o furto simples, que é cometido sem violência ou sem deixar vestígios. `Se o ladrão entra numa casa, arromba uma porta ou quebra um vidro, o segurado terá direito a indenização`, diz o diretor de seguros de bens pessoais da ACE, Ernesto Canedo.
LEIA O CONTRATO
O Procon-SP recebe com freqüência queixas contra seguradoras de celular. Segundo Renata Reis, técnica do órgão de defesa do consumidor, muitas vezes o consumidor não é devidamente informado sobre as condições do seguro. `É preciso exigir a cópia da apólice antes de contratar o seguro`, orienta.
Para Renata, os contratos às vezes são confusos. Por isso, é recomendável tirar as dúvidas com a seguradora, de preferência antes de tomar a decisão.
Ela diz que o contrato deve deixar claro qual é o prazo do ressarcimento e se há carência.
A indenização pode ser em forma de um novo aparelho (ou similar) ou em dinheiro, no valor correspondente.
O empresário Reinaldo Santos Júnior afirma ter tido muita dificuldade para obter uma cópia escrita do contrato do seguro de seu celular, na época que pagava pelo serviço. `Depois de muita insistência com o atendimento da Claro, finalmente consegui`, diz.
Em alguns contratos, as seguradoras arcam apenas com parte do valor do novo aparelho, e o cliente fica responsável pela outra parte.[1]
Diante de tantos `senões`, será mesmo que o seguro de celular vale a pena.(OESP)
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