Fonte: Gazeta Mercantil - Data: 23.02.2007
Muitas vezes uma pessoa, ao contratar uma apólice de seguros, fica em dúvida se deve pagar à vista ou se deve financiar o custo. As seguradoras, ao longo do tempo, passaram a oferecer e preparar várias modalidades para essa finalidade.
Mas, dependendo da opção, o valor do seguro pode subir até 5%, um montante significativo conforme o modelo do veículo, no caso do seguro de automóveis. Por isso, o consumidor deve ficar atento, porque essa diferença poderia ser utilizada para incluir outras coberturas ou até mesmo quitar o seguro de sua residência.
Para que fique mais claro, um segurado homem, com 38 anos, proprietário de um Vectra 2002 e residente na zona oeste de São Paulo, pagará pelo seu seguro anual, em média, R$ 2.800,00. Caso more em um apartamento de R$ 150.000,00, com coberturas básicas e R$ 8.000,00 de garantia no caso de roubo de bens, pagará pelo seu seguro residencial anual um prêmio médio de apenas R$ 137,00, ou menos de 5% do valor do seguro do veículo. Esse tipo de análise, muitas vezes, pode passar despercebido na hora que escolhemos a forma de financiar o seguro.
Assim, é importante reforçar que a decisão pela forma de pagamento também pode ajudar a baratear o preço. Isso porque existem companhias que oferecem as possibilidades de prestações em débito automático, boletos, cartão de crédito ou cheques pré-datados. Cada um desses formatos tem influência no valor final do seguro, pois as seguradoras baixam seus preços para a modalidade que menos inadimplência possa lhes trazer.
Cabe aqui um esclarecimento: na opção do débito em conta, é importante que o segurado tenha certeza de que terá os recursos disponíveis na data programada, uma vez que, em caso negativo, o banco não promoverá o débito, e o pagamento ficará pendente. Essa situação pode gerar o cancelamento da apólice, caso a seguradora e o corretor não trabalhem de forma ágil.
Os segurados também devem observar se há descontos reais para o pagamento à vista. Afinal, se as seguradoras não fizerem essa distinção, obviamente os juros estão embutidos nas parcelas iguais. E, nesses casos, como o parcelamento fica a critério do consumidor, o melhor é que ele o faça no maior número de vezes, até o limite onde começa a incidir a cobrança dos juros explícitos.
Algumas seguradoras também oferecem seguros de automóveis com pagamentos mensais, uma boa opção na época da inflação, quando os valores dos carros variavam todo mês - fato que não mais ocorre nos dias de hoje. Essa opção só deve ser utilizada caso o consumidor realmente não possa pagar o seguro à vista ou com um parcelamento pequeno. Pois, no final das contas, terá pago muito mais caro pela sua cobertura.
O consumidor ainda pode optar pela contratação de seguros com prazo de cobertura superior a um ano. Esses contratos são usados para carros financiados em longo prazo e permitem que o preço do seguro seja incluído nas prestações do financiamento. Por exemplo, se uma pessoa adquirir um carro financiado em 24 meses, poderá fazer um seguro por dois anos e pagá-lo no mesmo prazo. Essa é uma escolha interessante, pois, ao financiar o seguro em conjunto com o veículo, os juros cobrados pelas financeiras em planos de longo prazo são menores que os das seguradoras. Outra vantagem é a de ficar livre de eventuais reajustes no valor do prêmio, bem como a de ter uma elevação automática em sua classe de bônus.
Por tudo isso, aconselho o consumidor a questionar e pesquisar qual a melhor forma de pagamento, de preferência orientado por um profissional de sua confiança.
kicker: Se pagar à vista, o consumidor pode obter um bom desconto e usá-lo para quitar a apólice da casa, por exemplo
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