19 de abril de 2006

Consórcio é opção mais barata para compra de imóvel

Fonte: DCI/SP - Data: 19/04/2006
Mônica Cardoso

A casa própria é o sonho de grande parte dos brasileiros. A compra à vista permite maior poder de negociação e até um abatimento do preço. No entanto, para boa parte da população que pretende comprar a prazo há duas opções: o consórcio e o financiamento.

`Atualmente, a compra do imóvel à vista é a melhor opção. O consórcio é indicado para quem não tem essa possibilidade e prefere fazer uma poupança para adquirir o imóvel`, diz Paulo Shinoraha, sócio da Trevisan Consultores . Antes de entrar em um consórcio, ele recomenda a pesquisa das taxas de administração.

Para quem deseja pagar prestações menores e não tem tanta necessidade imediata de adquirir um imóvel, o consórcio pode ser a saída. Em relação ao financiamento, as prestações são menores, já que não cobra as altas taxas de juros. O interessado também não precisa comprovar renda mensal por meio de holerite.

O consórcio de imóveis funciona de maneira semelhante à de outros bens móveis, como o automóvel. Um grupo de pessoas se une com o objetivo de formar recursos para a compra do bem pretendido.

Cada participante paga uma contribuição mensal chamada de cota, reajustada anualmente pelo Índice Nacional do Custo de Construção (INCC). O cotista é contemplado por meio de lance ou por sorteio.

O consorciado escolhe o valor do crédito para comprar o imóvel, bem como o tipo (casa, apartamento, terreno), a utilidade (comercial ou residencial) e também a localização, incluindo-se aí a cidade e o bairro.

Esta modalidade é oferecida por seguradoras e administradoras vinculadas aos bancos , HSBC , ABN Amro Real e Caixa Econômica Federal . São essas instituições que definem os prazos de pagamento. Hoje, a média está entre 100 e 144 meses.

Para a aquisição do primeiro imóvel, pode-se usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seja para o lance ? o que diminui o número de parcelas ? ou para diminuir o valor pago em cada parcela. Em caso de morte, o seguro prestamista cobre o valor do crédito.

`O consórcio ajuda a programar a poupança. Além disso, quando o consorciado é contemplado, ele recebe a carta de crédito e com o dinheiro na mão tem maior poder de negociação. Porém, ele não garante o imóvel de imediato`, diz Rodolfo Montosa, presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

De acordo com dados da entidade, a procura por consórcios imobiliários aumentou 39% no ano passado. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, cresceu 44%.

`Esse crescimento deve-se à dificuldade no acesso aos créditos de financiamento, à maior conscientização da população em economizar para atingir seus objetivos e à entrada de administradoras vinculadas a bancos`, avalia Montosa.

Ainda segundo os últimos dados apurados pela Abac, o perfil do consorciado de imóveis é formado por homens ? 70% ? com idade média de 35 anos, assalariados ou profissionais liberais e se concentra nas classes A e B, de maior poder aquisitivo.

Montosa aconselha que a cota deve ser de 25% a 30% da renda familiar para garantir a segurança financeira e ajudar o planejamento das parcelas. As empresas atuantes no ramo são fiscalizadas pelo Banco Central (BC), que disponibiliza um número de telefone gratuito para esclarecimentos.

`A prestação é corrigida apenas uma vez por ano, pela variação do Índice Nacional do Custo de Construção, que se está desacelerando: em janeiro era de 6,48%, em fevereiro estava em 6,13% e em março foi de 5,64%`, afirma Celso Barbuto, diretor presidente do Consórcio , um dos lideres no mercado brasileiro neste segmento.[1]

Segundo ele, a maioria procura o consórcio com a finalidade de investir. `Muitos clientes pertencem ao segmento Prime, cuja renda mensal é superior a R$ 4 mil. O objetivo é diversificar os investimentos: eles compram salas comerciais para as alugar.`


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