23 de abril de 2006

Picapes são as preferidas dos bandidos

Fonte: O Liberal - Belém - Data: 24/04/2006

Em virtude das estatísticas desfavoráveis, seguradoras brasileiras cobram alto pelo seguro desses modelos. Em outras ocasiões, os carros são até recusados por muitas empresas

A regra é simples: quanto maior a estatística de furto do automóvel, maior o preço cobrado pelas seguradoras. É por isso que as picapes, classificadas como altamente expostas ao risco de roubos, são os veículos com os seguros mais caros do Brasil. Além disso, este tipo de carro é simplesmente recusado por muitas empresas.

O veículo é roubado devido ao seu custo fora do País, afirma Daniela Serafim, que trabalha na área comercial da Zoba Corretora. Segundo ela, é muito fácil fraudar uma documentação em lugares como Argentina e Paraguai, viabilizando a venda da picape a um custo bem baixo.

Para se proteger desse tipo de ações, o preço das seguradoras que aceitam trabalhar com os utilitários tem crescido cerca de 40% a cada ano. A maioria delas ainda exige, por meio de uma cláusula contratual, que o veículo tenha um rastreador GPS.

Já a Seguros Ford, por exemplo, oferece gratuitamente um sistema de localização aos compradores dos modelos novos da F-250 e da Ranger. O equipamento, operado por radiofreqüência, é fabricado pela Lo Jack.

No caso das picapes médias, consideradas como as mais visadas, o número de roubos também é explicado pelas utilizações alternativas de seu motor a diesel. Muitas vezes, ele é usado em geradores e até mesmo em barcos. Também é freqüente sua colocação em outros veículos, já que pode ser intercambiável, exemplifica Vitor Meizikas Filho, gerente de avaliação da Molicar. Isso acontece com o motor da Sprinter. Ele é utilizado em muitas caminhonetes, o que aumenta consideravelmente seu perigo de roubo.

Outros fatores também influem no preço dos seguros dos utilitários. Eles são muito mais usados do que carros de passeio e, por serem veículos de carga, são também desgastados em menos tempo. Modelos como L200 e Xterra são fora-de-estrada, constantemente levados para trilhas e corridas. Isso nos obriga a cobrar uma sobretaxa, explica Daniela.

Ao estabelecer um preço para determinado modelo, a empresa também leva em conta a quantidade de carros da mesma linha que são segurados por ela. Quanto maior for este número, mais barato será o seguro do automóvel. Desta forma, o preço pode variar muito entre as corretoras. No final das contas, elas utilizam isso como estratégia de comércio, firmando acordos diretamente com as montadoras.

Atualmente, as picapes com preço de seguro mais baixo são as leves. Antes consideradas básicas, hoje as pequenas contam com equipamentos opcionais que garantem conforto para o dono deste tipo de veículo. Muitos ex-proprietários de médias compraram modelos derivados de automóveis, como Montana, Strada e Courier, diz Vitor. Exceção dentro de sua categoria, a Saveiro é uma das picapes com seguro mais caro, por ser muito roubada para a retirada de peças.

Sejam leves, médias ou pesadas, as picapes sempre terão valor de seguro mais alto do que um carro de passeio, afirma Daniela. E a tendência é que o preço continue a crescer na mesma proporção, mantendo-se como uma barreira para quem é amante da segurança, da imponência e do conforto proporcionados pelos utilitários.


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