Fonte: INFOMONEY - Data: 20/04/2006
A primeira providência depois de comprar o seu carro zero quilômetro é fazer um seguro do veículo, especialmente se você mora em uma cidade grande, onde os riscos de roubo ou danos em caso de batida são muito grandes para serem ignorados.
No entanto, o fator financeiro ainda é preponderante entre aqueles que abrem mão da contratação de uma apólice. Afinal, em alguns anos, aplicando regularmente o dinheiro que gastaria com o seguro, você conseguiria economizar praticamente o que pagou pelo carro.
O elevado custo do seguro explica o porquê, apesar da importância do seguro, apenas um quarto da frota nacional seja segurado. O dado é ainda mais impressionante ao se considerar que a frota nacional é antiga, e que apenas 10% dos veículos têm idade inferior a 10 anos.
Como é definido o preço do seguro?
Para entender melhor o porquê desta situação, é importante estar familiarizado com o processo de definição do preço de uma apólice de seguro.
Ao fazer um seguro de automóvel, paga para a seguradora dividir com você o risco de ter o seu carro roubado, ou danificado em um acidente de trânsito. Em troca do pagamento do que se chama `prêmio do seguro`, você tem direito ao recebimento de uma indenização, caso algum dos riscos cobertos no seu seguro venha a acontecer.
O preço do seguro é definido com base no risco que a seguradora acredita estar correndo ao aceitar a sua apólice de seguro. Este risco é definido como sendo o índice de sinistralidade do produto que, de forma simplificada, é calculado como a relação entre os gastos por parte da seguradora com pagamentos de seguros sobre as receitas com vendas de seguros. Quanto maior os gastos com pagamento de seguros maior a sinistralidade, maiores os riscos para a seguradora e maiores os custos do seu seguro.
Risco alto, custo elevado
Assim, uma das razões para o elevado custo do seguro no País é a taxa de sinistralidade. Segundo dados da Fenaseg referentes ao mês de janeiro de 2006, a sinistralidade no ramo de automóveis é de 64,4%. Na prática, isso significa que, para cada R$ 1,00 recebido em receita, a seguradora gasta R$ 0,64 no pagamento de seguros, deixando apenas R$ 0,36 para cobrir os demais custos da empresa como salários, marketing etc.
É por isso que algumas seguradoras chegam a defender a introdução de incentivos fiscais para estimular a compra do carro novo, renovando a frota, o que, por sua vez, poderia permitir uma redução na sinistralidade com impactos positivos sobre o preço final do seguro.
Outro fator que contribui para essa situação é o alto custo das peças de reposição, que acaba alimentando o mercado de desmanche e inviabilizando o seguro de veículos antigos.
Seguro podia ser ainda mais caro
Ao receber o dinheiro que você paga pelo seguro do seu carro, a seguradora cria uma reserva para provisões, cujos recursos são usados para pagar os gastos com seguros, caso seja necessário. Por sua vez, os recursos das reservas são aplicados no mercado financeiro, de forma que a seguradora recebe os ganhos financeiros.
No Brasil, como os juros são muito mais altos do que no resto do mundo, o ganho financeiro das seguradoras tende a ser bastante elevado, permitindo que a mesma cubra seus custos e tenha lucros apesar da alta sinistralidade. Não fosse por isso, o custo do seguro poderia ser ainda mais elevado!
Perfil pode ajudar a baixar custo
Ao comprar um seguro, você preenche um questionário chamado Perfil do Consumidor, que tem como objetivo identificar o seu perfil como motorista, de modo a reduzir os custos do seu seguro de automóvel. É por isso que o seguro de um mesmo carro feito por uma senhora e por um rapaz de 25 anos terá preços diferentes.
Contudo, os questionários desenvolvidos pelas seguradoras para avaliar o perfil do motorista são muito genéricos, dificultando a qualificação do risco. Além disso, muitas seguradoras se utilizam deste questionário para não pagar o seguro, o que não é permitido. Atualmente está sendo discutida a possibilidade de se padronizar o questionário, de forma a evitar controvérsia quanto ao perfil de risco.
Quando você deve fazer um seguro
Algumas pessoas acabam tentadas a contar com a sorte e optam por não fazer seguro, pois consideram os preços cobrados muito caros. O preço do seguro de carro é função do custo do automóvel, mas tende a aumentar com a idade do carro, pois o custo de manutenção também aumenta.
Assim, dependendo da idade e custo de reposição do veículo, pode não valer a pena fazer seguro. Lembre-se que o seguro tem como objetivo ajudá-lo a repor o carro, portanto quanto mais antigo o carro, mais barato o custo de reposição menor a importância do seguro.[1]
Para definir quando vale a pena fazer o seguro, você pode usar como base o preço do seguro. Portanto, se o custo do seguro equivale a 20% do valor do veículo e o carro já tem mais de 10 anos, certamente não vale a pena fazer o seguro. Por outro lado, para os carros com menos de cinco anos de idade, o seguro em geral vale a pena, pois o custo de reposição é mais alto e pode comprometer suas finanças.
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