15 de setembro de 2005

SEGUROS BILIONÁRIOS: Interbrazil é alvo de investigação

Fonte: DIARIO DO NORDESTE - Data: 15/09/2005

Rio - A Interbrazil, uma seguradora inexpressiva até o PT chegar ao poder, está sendo investigada por ganhar seguros bilionários de estatais do setor elétrico após ter contribuído para as campanhas eleitorais de petistas em Goiás, inclusive a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reportagem exibida ontem pelo "Jornal Nacional", da TV-Globo, fornecedores revelaram que a autorização para o pagamento destas despesas era feito pelo irmão do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, Adhemar, que trabalha na Eletrobras.

O presidente da Interbrazil, André Marques da Silva, admitiu a ajuda aos petistas em troca de informação para fechar contratos. Jura que não era nada fraudado e se diz vítima de perseguição porque teria quebrado o monopólio das grandes seguradoras: "A gente procurou estar inserido ali para que pudesse realmente obter as informações. É segredo comercial, realmente, sair à frente para poder buscar nosso mercado, como outras seguradoras também", declarou.

A seguradora, já falida, é investigada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público de dois estados e pelo Ministério Público Federal. No governo Lula, foi seguradora das usinas nucleares de Angra I e Angra II (cobertura de R$ 2,5 bilhões), da Companhia Energética do Paraná (R$ 1,2 bilhão) e da Companhia Energética de Goiás (R$ 1 bilhão). Registrada na Junta Comercial de São Paulo em 2002, a Interbrazil lucrou R$ 24 milhões no primeiro ano, saltando para R$ 35 milhões em 2003 e R$ 62 milhões em 2004, ano em que o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) acusou a Interbrazil de garantir um contrato usando documentos falsos e de emitir apólices irregulares para a Companhia Energética de Goiás.

Órgão responsável por fiscalizar as seguradoras, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) decretou a liquidação da Interbrazil no mês passado, mais de um ano e meio depois de receber o primeiro alerta de que a empresa teria falsificado documentos.

Cláudio Marques da Silva, dono de gráfica e irmão de André, confessa, sem saber que estava sendo gravado, que fez impressão de material para o PT local e ganhou para isso R$ 1 milhão. Ele disse que o irmão pagava as despesas: "É porque era o dono da empresa lá, que era o contato da política, entendeu? O cara que pagou a conta. Eles conheciam era ele. Pra eles, era ele que tava pagando e realmente foi ele que pagou. Ai todo mundo falava assim: quero material do André. Outro fornecedor confirma a ajuda de André. Wellington José Jorge, dono do trio elétrico usado na campanha do candidato do PT ao governo goiano, reclamou de uma dívida da campanha de 2002 até hoje não quitada pelo dono da Interbrazil.

Segundo ele, quem autorizava o pagamento era Adhemar Palloci:" Paloção lá, irmão do outro Palocci. Qual irmão do outro Palocci? Aqui em Goiânia tinha um Palocci, irmão daquele outro. De fato, uma mensagem colhida pelo Ministério Público comprova a dívida.

Veja o que foi publicado no Informativo Luma sobre:

Fraude e corrupção


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